Servindo ao propósito

O Enxertados é um projeto ministerial que busca servir a igreja de Cristo com conteúdos e materiais que dificam e apoiam no crescimento da graça e do conhecimento de Deus.

Somos um projeto independente de organizações e vieses teológicos e ideológicos. Embora não defendamos linhas teológicas, temos muito claro em nossa confissão de fé aquilo que cremos de acordo com o que entendemos na Bíblia.

Nosso principal objetivo é transmitir à igreja de Deus, de forma clara, objetiva e fundamentada, aquilo que entendemos no Senhor a respeito do que Ele nos deixou para conhecer. Evitamos firulas e pesos teológicos desnecessários em nosso conteúdo.

Abaixo, você pode consultar o nosso entendimento acerca de assuntos chaves que são importantes. Porém, entenda que muito maior é o que nos une em Cristo do que aquilo que nos separa em divergências doutrinárias.

Deus abençoe em sua graça.

Confissão de Fé

Afirmamos que a Bíblia, composta pelos 66 livros do Antigo e Novo Testamentos, é a Palavra de Deus inspirada e infalível (2 Timóteo 3:16-17; 2 Pedro 1:20-21). Deus, através do Espírito Santo, falou por meio de autores humanos, guiando-os para registrar fielmente Sua revelação (2 Samuel 23:2; 1 Coríntios 2:12-13). Precisamos ter em mente que quando falamos de bíblia, estamos falando do conjunto dos livros a partir dos textos originais recebidos a partir do estudo histórico e crítico. Entendemos que devido as muitas traduções existentes, podemos encontrar problemas no sentido do texto, prevalecendo, então, um estudo exegético fiel e correto do texto original.

A Bíblia é a autoridade final em todas as questões de fé e prática (Salmo 119:105; Isaías 40:8). Ela nos revela a verdade sobre Deus, o ser humano, o mundo, o pecado e a salvação (Salmo 19:7-11; João 17:17). Devemos interpretar a Bíblia de maneira cuidadosa e fiel, reconhecendo seu contexto histórico e literário, e buscando a orientação do Espírito Santo (2 Timóteo 2:15; João 16:13).

A Bíblia aponta para Jesus Cristo, o Verbo de Deus feito carne, e revela o plano de Deus para redimir o mundo através dele (Lucas 24:27; João 1:1-14; 2 Timóteo 3:15). Portanto, a leitura, estudo e meditação da Bíblia são essenciais para o crescimento espiritual do crente e para a vida e missão da igreja (Salmo 1:2-3; Atos 2:42; Colossenses 3:16).

A Bíblia é mais do que um livro antigo; é a Palavra viva e ativa de Deus, capaz de penetrar no coração humano e transformar vidas (Hebreus 4:12; Tiago 1:22-25). Por isso, somos chamados a valorizá-la, amá-la e obedecê-la, à medida que buscamos conhecer e amar a Deus através dela.

Nós afirmamos a crença em um só Deus (Deuteronômio 6:4), eterno e infinito, que existe em três pessoas coiguais e coeternas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo (Mateus 28:19). Cada uma dessas pessoas é plenamente Deus, possuindo todos os atributos divinos, ainda assim existente em três pessoas distintas.

O Pai é Deus, soberano e criador do universo, que com amor providencia e sustenta todas as coisas (Gênesis 1:1; 1 Coríntios 8:6)

O Filho é Deus, a palavra viva que se tornou carne em Jesus Cristo, para a salvação da humanidade (João 1:1-14; Filipenses 2:5-11). Ele é a expressa imagem do Pai, e em tudo igual a Ele (Hebreus 1:3; Colossenses 1:15-20).

O Espírito Santo é Deus, que habita nos crentes, convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo, e guia a Igreja à toda verdade (João 16:7-15; 1 Coríntios 3:16). Ele glorifica o Filho e intercede pelos santos segundo a vontade de Deus (João 16:14; Romanos 8:26-27).

Essas três pessoas distintas constituem a única e verdadeira divindade, existindo em perfeita unidade e harmonia, agindo juntas na criação, providência e redenção (Gênesis 1:26; Efésios 1:3-14).

Por fim, o mistério da Trindade transcende a compreensão humana, mas é uma realidade divina revelada nas Escrituras e essencial à nossa fé (Isaías 55:8-9; Romanos 11:33-36).

Afirmamos que Deus é Espírito (João 4:24), imutável (Malaquias 3:6; Tiago 1:17), eterno (Deuteronômio 33:27; Salmo 90:2), onipotente (Jeremias 32:17; Apocalipse 19:6), onisciente (Salmos 139:1-4; 1 João 3:20), e onipresente (Salmos 139:7-10; Jeremias 23:24). Deus é santo (Isaías 6:3; 1 Pedro 1:16), justo (Deuteronômio 32:4; 2 Timóteo 4:8), bom (Salmos 100:5; Tiago 1:17), verdadeiro (Salmos 31:5; João 14:6), amoroso (1 João 4:8,16), misericordioso (Êxodo 34:6; Salmos 103:8) e gracioso (Êxodo 34:6; Efésios 2:8-9).

Deus é o Criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis (Gênesis 1:1; Colossenses 1:16). Tudo o que Ele cria é bom (Gênesis 1:31; 1 Timóteo 4:4) e Ele sustenta todas as coisas pela palavra do Seu poder (Hebreus 1:3; Colossenses 1:17).

A vontade de Deus é perfeita (Salmos 18:30; Romanos 12:2), e seus propósitos são eternos (Eclesiastes 3:14; Efésios 3:11). Deus, em sua soberania, dirige e governa todas as coisas (Salmos 103:19; Daniel 4:34-35), e trabalha todas as coisas para o bem daqueles que o amam (Romanos 8:28).

Embora Deus seja transcendente, exaltado acima da criação (Isaías 55:8-9; Salmos 113:5-6), Ele é imanente, estando presente em toda a criação e mantendo um relacionamento pessoal com seu povo (Salmos 139:7-10; Atos 17:27-28). A profundidade da natureza de Deus está além da plena compreensão humana, mas Ele se revelou a nós através das Escrituras e especialmente através de Jesus Cristo, a imagem exata do Seu ser (Hebreus 1:3; Colossenses 1:15).

Afirmamos que Jesus Cristo é a segunda pessoa da Trindade, o Filho eterno de Deus, que se tornou homem (João 1:1,14; Colossenses 2:9). Ele é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, duas naturezas em uma pessoa, sem mistura, alteração, divisão ou separação (João 10:30; Hebreus 2:14-18).

Jesus nasceu de uma virgem, conforme predito nas Escrituras, cumprindo a promessa de Deus de um Salvador (Isaías 7:14; Mateus 1:18-23). Ele viveu uma vida sem pecado, perfeitamente obedecendo à vontade de Deus, sendo assim o único ser humano digno de oferecer a si mesmo como sacrifício pelos pecados da humanidade (2 Coríntios 5:21; 1 Pedro 2:22).

Ele morreu na cruz, levando sobre si os pecados do mundo e satisfazendo a justiça de Deus (Isaías 53:5-6; 1 Pedro 3:18). Sua morte foi um sacrifício vicário, ou seja, Ele morreu no lugar de pecadores, para que pudéssemos ser reconciliados com Deus (Romanos 5:8-10; 2 Coríntios 5:21).

Jesus ressuscitou corporalmente dentre os mortos ao terceiro dia, conforme as Escrituras, vencendo a morte e garantindo a ressurreição futura de todos os que crêem nEle (Lucas 24:1-7; 1 Coríntios 15:3-8, 20-22). Após aparecer a muitos, Ele ascendeu ao céu e está agora à direita de Deus, intercedendo pelos crentes (Atos 1:9-11; Hebreus 7:25).

Jesus prometeu que voltará pessoalmente e visivelmente para julgar os vivos e os mortos e para estabelecer seu reino eterno (Mateus 24:30-31; Atos 1:11; 2 Timóteo 4:1). Esta esperança é a consumação de nossa fé e a inspiração para vivermos vidas de amor e santidade, aguardando sua vinda (Tito 2:11-13; 1 João 3:2-3).

A vida, morte, ressurreição, ascensão e futura volta de Jesus Cristo formam o centro do evangelho, a boa notícia que Deus nos oferece para a salvação. A obra de Cristo é a única base para a nossa justificação e reconciliação com Deus (Romanos 3:24-26; Efésios 2:13-16).

Afirmamos que o Espírito Santo é Deus, co-igual e co-eterno com o Pai e o Filho (Mateus 28:19; 2 Coríntios 13:14). Ele esteve presente e ativo na criação (Gênesis 1:2), na encarnação (Lucas 1:35), na vida e ministério de Jesus (Lucas 4:1, 18), e na inspiração das Escrituras (2 Pedro 1:21).

O Espírito Santo convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (João 16:8-11). Na obra de salvação, Ele regenera o coração do pecador, trazendo-o à vida espiritual (João 3:3-8; Tito 3:5), e habita no crente, selando-o para o dia da redenção (Efésios 1:13-14; 1 Coríntios 3:16).

O Espírito Santo capacita o crente para a vida e o serviço cristão, distribuindo dons para o edificação do corpo de Cristo, a Igreja (1 Coríntios 12:4-11; Efésios 4:7-12). Ele produz fruto na vida do crente, evidência de uma vida conformada à imagem de Cristo (Gálatas 5:22-23).

O Espírito Santo guia o crente na verdade, ajudando-o a compreender e aplicar a Palavra de Deus (João 14:26; 16:13). Ele também ajuda o crente em sua fraqueza, intercedendo por ele de acordo com a vontade de Deus (Romanos 8:26-27).

A obra do Espírito Santo é indispensável para a vida espiritual do crente e para a vida e missão da igreja. Portanto, somos chamados a ser cheios do Espírito (Efésios 5:18), a caminhar no Espírito (Gálatas 5:16), e a não entristecer ou extinguir o Espírito (Efésios 4:30; 1 Tessalonicenses 5:19).

Afirmamos que a Igreja é o corpo de Cristo, composta por todos os verdadeiros crentes de todas as épocas, unidos a Cristo por meio da fé (Efésios 1:22-23; 1 Coríntios 12:12-14). Cristo é o cabeça da Igreja, e nós somos seus membros (Colossenses 1:18; Efésios 5:23).

A Igreja tem uma expressão universal, compreendendo todos os verdadeiros crentes em todo o mundo (Mateus 16:18; Efésios 2:19-22). Também tem expressões locais, que são comunidades de crentes que se reúnem regularmente para adoração, comunhão, ensino da Palavra de Deus e ministério (Atos 2:42-47; Hebreus 10:24-25).

A Igreja tem a responsabilidade de adorar a Deus (João 4:23-24; Filipenses 3:3), de edificar-se mutuamente em amor (Efésios 4:11-16; 1 Tessalonicenses 5:11), e de ser sal e luz no mundo, proclamando o evangelho e demonstrando o amor de Deus através de boas obras (Mateus 5:13-16; 28:18-20).

A Igreja administra duas ordenanças instituídas por Cristo: o batismo e a Ceia do Senhor (Mateus 28:19; 1 Coríntios 11:23-26). Estes são sinais visíveis e tangíveis do evangelho, representando nossa união com Cristo e nossa participação nos benefícios de sua morte e ressurreição.

A Igreja aguarda a volta de Cristo, quando será finalmente glorificada e viverá eternamente com o Senhor (Efésios 5:27; Apocalipse 21:2-3). Até lá, é chamada a ser fiel em seguir a Cristo e em cumprir sua missão no poder do Espírito Santo (Atos 1:8; Apocalipse 2-3).

Afirmamos que Deus criou o ser humano, homem e mulher, à Sua imagem e semelhança, dando-lhes valor intrínseco e dignidade (Gênesis 1:26-27). Todos os seres humanos compartilham dessa imagem divina, independentemente de raça, sexo, idade ou status social (Atos 17:26; Gálatas 3:28).

No entanto, o primeiro homem, Adão, desobedeceu a Deus e caiu em pecado (Gênesis 3). Como resultado, toda a humanidade foi afetada, nascendo em um estado de pecado e separada de Deus (Salmos 51:5; Romanos 5:12). Este estado é chamado de depravação total, o que significa que todos os aspectos do ser humano – intelecto, emoções, vontade e natureza espiritual – são corrompidos pelo pecado (Jeremias 17:9; Romanos 3:10-18).

O pecado é uma rebelião contra Deus e Sua vontade perfeita, resultando em morte física e espiritual (Romanos 6:23; Tiago 1:14-15). É uma condição da qual os seres humanos não podem se libertar por seus próprios esforços ou boas obras (Efésios 2:8-9; Tito 3:5).

Por causa do pecado, a humanidade está sob a justa ira de Deus (Efésios 2:3; Romanos 1:18). No entanto, Deus em Seu amor e misericórdia, provê um caminho de salvação e restauração através de Jesus Cristo (João 3:16; Efésios 2:4-5).

Afirmamos que a salvação é unicamente pela graça de Deus através da fé em Jesus Cristo (Efésios 2:8-9). Nenhum ser humano pode obter a salvação por seus próprios méritos ou obras (Isaías 64:6; Romanos 3:20).

Deus, em Sua misericórdia e amor, enviou Jesus Cristo para salvar a humanidade de seus pecados (João 3:16; Romanos 5:8). Através da obra de Cristo na cruz, os pecados do crente são perdoados, e a justiça de Cristo é imputada ao crente (2 Coríntios 5:21). Este é o coração da doutrina da justificação pela fé (Romanos 3:22-26; Gálatas 2:16).

A salvação é um processo que inclui:

  • Chamado: Afirmamos que a salvação inicia com o chamado de Deus, que em Sua misericórdia e amor, alcança a humanidade através do evangelho. Esse chamado é tanto externo, através da pregação da Palavra (Romanos 10:14), quanto interno, pelo Espírito Santo, que opera no coração (João 6:44).
  • Iluminação: Em resposta a esse chamado, o Espírito Santo ilumina o coração do indivíduo, permitindo-o compreender e reconhecer a verdade do evangelho e a sua necessidade de salvação (2 Coríntios 4:6; Efésios 1:18).
  • : Com a iluminação do Espírito Santo, a pessoa é então capacitada a responder em fé. Ela crê em Jesus Cristo, confiando nEle para a salvação (Efésios 2:8-9). Essa fé não é uma obra humana, mas um dom de Deus.
  • Arrependimento: Simultaneamente à fé, ocorre o arrependimento, que é uma mudança de mente e atitude em relação ao pecado e a Deus (Atos 3:19). Arrependimento é o resultado da convicção de pecado pelo Espírito Santo (João 16:8).
  • Justificação: Através da fé em Jesus, o crente é justificado, declarado justo perante Deus. Os pecados do crente são perdoados e a justiça de Cristo é imputada ao crente (2 Coríntios 5:21; Romanos 3:22-26).
  • Regeneração: A regeneração é o novo nascimento, no qual o Espírito Santo muda o coração do crente, dando-lhe uma nova natureza e capacitando-o a viver uma vida nova em Cristo (João 3:3-8; Tito 3:5).
  • Adoção: Após a regeneração, o crente é adotado na família de Deus, tornando-se um filho de Deus e co-herdeiro com Cristo (Romanos 8:15-17; Gálatas 4:4-7).
  • Santificação: A santificação é o processo contínuo pelo qual o Espírito Santo transforma o crente à imagem de Cristo, cada vez mais, no decorrer da vida (Romanos 8:29; 2 Coríntios 3:18).
  • Glorificação: A jornada da salvação culmina na glorificação, quando os crentes serão completamente libertos do pecado e da morte e se tornarão perfeitos à imagem de Cristo (1 Coríntios 15:49; 1 João 3:2). Isso ocorrerá na segunda vinda de Cristo, quando os mortos em Cristo ressuscitarão e todos os crentes receberão corpos glorificados para viver eternamente com o Senhor (1 Coríntios 15:51-54; 1 Tessalonicenses 4:16-17).

A doutrina da segurança eterna da salvação é vista de forma mais clara ao longo da teologia paulina. Na carta aos Efésios, por exemplo, Paulo escreve: “Em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa” (Efésios 1:13). O uso do termo “selado” por Paulo sugere uma marca permanente, um sinal do pertencer a Deus, o que implica a irreversibilidade da condição daquele que foi salvo.

Romanos 8:30 também contribui para essa visão, dizendo: “E aos que predestinou, a estes também chamou; e aos que chamou, a estes também justificou; e aos que justificou, a estes também glorificou.” Este versículo demonstra a “cadeia inquebrável da salvação”. O texto, em seu contexto original, revela uma progressão de eventos na salvação que são realizados por Deus. Aqueles que Deus predestina, Ele também chama, justifica e, finalmente, glorifica.

O autor de Hebreus oferece um retrato exegético significativo da segurança da salvação em Hebreus 7:25, onde diz: “Portanto, ele é capaz de salvar definitivamente aqueles que, por meio dele, se aproximam de Deus, pois vive sempre para interceder por eles.” Cristo, nosso sumo sacerdote, está constantemente intercedendo por nós. Essa passagem mostra que a salvação não depende da capacidade humana de perseverar, mas da intercessão contínua de Cristo.

Finalmente, em João 10:28-29, Jesus diz: “Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha mão. Meu Pai, que as deu para mim, é maior do que todos; ninguém as pode arrancar da mão de meu Pai.” Nesta passagem, a linguagem usada por Jesus enfatiza a segurança do crente nas mãos de Deus, mostrando que nenhuma força externa tem o poder de arrancá-los de lá.

A doutrina da segurança da salvação, portanto, não é uma criação humana, mas uma compreensão teológica extraída da exegese bíblica. Ela oferece um vislumbre do caráter de Deus, que é fiel para completar a obra que começou em nós (Filipenses 1:6).

SOBRE PASSAGENS QUE PARECEM APONTAR O CONTRÁRIO

  1. Hebreus 6:4-6: “Porque é impossível que os que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus, e as virtudes do século futuro, e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, e o expõem ao vitupério.”

A interpretação convencional do versículo em questão tende a sugerir que ele descreve indivíduos que obtiveram a salvação e depois “caíram”. Contudo, uma visão alternativa postula que o versículo se refere a pessoas que tiveram uma experiência com a comunidade cristã e com a influência do Espírito Santo, mas nunca chegaram a uma verdadeira conversão. Esta interpretação é corroborada em Hebreus 6:9, onde o texto afirma: “Mas de vós, ó amados, esperamos coisas melhores, e coisas que acompanham a salvação, ainda que assim falamos.” (Hebreus 6:9).

Este trecho, aparentemente, está em um contexto de advertência sobre a progressão na fé, que começa em Hebreus 5 e se estende até o verso 9 do capítulo 6. O autor descreve certos cristãos que, em sua caminhada de fé, ainda estavam no estágio inicial, uma fase de ingestão de leite, como um recém-nascido espiritual, e não estavam progredindo ou se consolidando na fé (Hebreus 5:12-14).

Esses cristãos, ao que parece, ainda não haviam sido regenerados e corriam o risco de apostasia, assim como outros que se encontravam no mesmo ponto, mas acabaram cedendo e se apostatando. Contrapõe-se a isso a figura do cristão maduro, que foi genuinamente regenerado e apresentou evidências de sua salvação. A estes, o autor declara “esperar coisas melhores”, coisas que acompanham a salvação (Hebreus 6:9), ou seja, se eles fossem verdadeiramente salvos, demonstrariam os frutos dessa salvação (Gálatas 5:22-23).

  1. Mateus 7:21-23: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.”

Este versículo não indica que os que são verdadeiramente salvos possam perder a salvação. Em vez disso, Jesus está enfatizando que nem todos que clamam “Senhor, Senhor” são genuinamente Seus seguidores. Ele nunca “conheceu” aqueles que estavam confiando em suas obras (profetizando, expulsando demônios, realizando milagres) em vez de confiar Nele para a salvação.

  1. 2 Pedro 2:20-22: “Porque, se depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado; Deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama.”

Pedro está falando aqui de falsos mestres que conhecem a verdade sobre Jesus, mas optam por rejeitá-la e voltar aos seus antigos caminhos pecaminosos. Estes não são verdadeiros crentes que perderam a salvação, mas impostores que nunca foram genuinamente salvos.

Em resumo, é vital interpretar essas passagens à luz do testemunho geral da Bíblia sobre a segurança da salvação. A interpretação correta não só deve ser consistente com o contexto imediato, mas também com a totalidade da revelação bíblica. A teologia da segurança eterna da salvação encontra seu apoio em textos bíblicos claros e diretos e na natureza do evangelho da graça.

A Lei Mosaica, presente no Pentateuco, serviu a propósitos específicos em um período transitório da história bíblica. Ela foi estabelecida como uma sombra das coisas futuras, um apontamento para Cristo, que viria a cumprir plenamente a Lei e os profetas (Colossenses 2:17, Mateus 5:17-18). Após a vinda e o ministério redentor de Jesus Cristo, nosso foco, como crentes, é direcionado para Ele, que cumpriu a lei em nosso lugar. Consequentemente, pela graça, somos capazes de cumprir a lei nele (Romanos 6:14; 8:2; Gálatas 2:20).

A Lei Mosaica levou em consideração uma variedade de contextos históricos, culturais e sociais. De particular importância foi o recente resgate dos israelitas da escravidão egípcia (Êxodo 20:2). Este povo, acostumado à vida servil, agora estava em liberdade, e precisava aprender como viver sob essa nova condição. Como uma resposta a isso, Deus estabeleceu a Lei Mosaica – um conjunto complexo de mandamentos, estatutos e regras para orientar a convivência social, a adoração a Deus e a manutenção de um relacionamento saudável com Ele (Deuteronômio 6:1-3).

O sábado é um dos elementos mais conhecidos da Lei Mosaica, uma prática que destacou os israelitas de outras nações antigas (Êxodo 20:8-11). O descanso sabático serviu não apenas para proporcionar um período de repouso físico após seis dias de trabalho (Êxodo 23:12), mas também para que o povo de Israel pudesse adorar a Deus e se lembrar dEle como seu Criador e Libertador (Deuteronômio 5:12-15). Jesus também afirmou que “O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado” (Marcos 2:27), sublinhando o propósito do sábado como uma bênção para a humanidade, mais do que um mero dever ritualístico. Em Cristo, encontramos nosso verdadeiro descanso, o cumprimento do que o sábado representava (Hebreus 4:9-10).

A graça de Deus é, talvez, um dos conceitos mais profundos e poderosos da Bíblia. É pelo dom imerecido da graça que somos salvos através da fé em Jesus Cristo (Efésios 2:8-9). Na conclusão da Lei Mosaica, vemos claramente nossa necessidade de um Salvador, pois é impossível para qualquer ser humano cumprir perfeitamente a Lei (Romanos 3:23, Gálatas 3:24).

A graça de Deus, por meio de Jesus Cristo, cumpre o que a Lei não pôde. Cristo, ao viver uma vida sem pecado e morrer em nosso lugar, cumpriu as exigências da Lei e, através de Sua ressurreição, nos concede a justiça que vem somente de Deus (Romanos 3:22, 2 Coríntios 5:21). Através do Espírito Santo, a graça de Deus opera em nossas vidas, nos capacitando a viver de maneira que glorifique a Deus, não através da obediência estrita à letra da Lei, mas por meio do amor que flui de um coração transformado (Romanos 6:14, 2 Coríntios 3:6).

A graça, portanto, não é uma licença para pecar, mas uma capacitação para viver em santidade e amor, imitando o caráter de Cristo (Romanos 6:1-2, Tito 2:11-14). Através da graça, somos chamados para viver vidas abundantes, expressando a alegria e a paz que resultam de uma relação íntima com Deus (João 10:10, Gálatas 5:22-23).

A graça é a resposta divina ao dilema humano da Lei Mosaica, um presente amoroso de Deus para a humanidade caída, que nos permite viver em liberdade e retidão, refletindo a glória de Deus em um mundo quebrado. Através de Cristo, a graça substitui a condenação da Lei pelo amor redentor e transformador de Deus (Romanos 8:1-4). E é nessa graça que repousa nossa esperança e nossa alegria (Romanos 5:2, 1 Pedro 1:8-9).

Afirmamos que a oração é uma comunicação direta com Deus, permitindo-nos expressar nossos pensamentos, sentimentos e necessidades a Ele, bem como ouvir Sua voz através do Espírito Santo (Filipenses 4:6-7; João 10:27).

Através da oração, podemos adorar, louvar e agradecer a Deus por Sua bondade, misericórdia e graça (1 Tessalonicenses 5:16-18; Filipenses 4:6). Podemos também confessar nossos pecados e arrepender-nos diante dEle (1 João 1:9).

A oração é um meio poderoso de buscar a vontade de Deus em nossas vidas e de pedir orientação em nossas decisões (Tiago 1:5; Mateus 6:10). Podemos apresentar nossas necessidades e pedidos a Deus, sabendo que Ele é nosso provedor amoroso (Mateus 6:25-34; Filipenses 4:19).

Além disso, a oração é uma forma de interceder pelos outros, levando diante de Deus as necessidades e preocupações daqueles ao nosso redor (1 Timóteo 2:1-4; Colossenses 1:9-12).

Jesus Cristo nos ensinou a orar ao Pai, dando-nos o exemplo do “Pai Nosso”, que é uma oração modelo para expressar nossos anseios e desejos a Deus (Mateus 6:9-13).

A oração é um privilégio e uma responsabilidade, e é vital em nossa relação com Deus. É um meio pelo qual crescemos em intimidade com Ele e somos transformados à Sua imagem (2 Coríntios 3:18; Romanos 12:2).

Assim, encorajamos todos os crentes a cultivar uma vida de oração constante e fervorosa, sabendo que Deus ouve nossas orações e responde de acordo com Sua sabedoria e amor (1 João 5:14-15).

A Bíblia ensina sobre o fim dos tempos, um momento em que Jesus Cristo retornará pessoal e visivelmente para finalizar Seu reino e julgar o mundo (Atos 1:11; Apocalipse 1:7). Esse evento é conhecido como a Segunda Vinda de Cristo.

A data exata da Segunda Vinda de Cristo não é conhecida. Como Jesus declarou, ninguém sabe o dia ou a hora (Mateus 24:36). Apesar disso, Ele deixou claro que poderíamos discernir os tempos e estar preparados para não sermos surpreendidos (Lucas 12:40). Assim, somos exortados a estar sempre prontos e vigilantes para a vinda do Senhor (Mateus 24:42; 25:13).

No fim dos tempos, ocorrerá uma ressurreição dos mortos: os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro para a vida eterna, seguidos pelos crentes que ainda estiverem vivos, que serão transformados e levados ao encontro do Senhor nos ares (1 Tessalonicenses 4:16-17; 1 Coríntios 15:51-52).

Após a Segunda Vinda de Cristo e do findar o seu reino milenar, acontecerá o julgamento final. Os crentes serão recompensados por suas obras e receberão a vida eterna no reino de Deus (Mateus 25:34; Apocalipse 22:12). Aqueles que rejeitaram a Cristo enfrentarão o juízo final no Grande Trono Branco e serão lançados no lago de fogo, simbolizando uma separação eterna de Deus (Apocalipse 20:11-15).

Por fim, Deus criará um novo céu e uma nova terra, nos quais a justiça habitará (2 Pedro 3:13; Apocalipse 21:1). Neste lugar, os crentes viverão em comunhão eterna com Deus, e não haverá mais choro, dor ou morte (Apocalipse 21:4).

A esperança na Segunda Vinda de Cristo nos motiva a viver vidas santas, repletas de amor e serviço a Deus e ao próximo, confiantes de que nosso trabalho no Senhor não é em vão (1 Coríntios 15:58). Essa esperança nos impulsiona a compartilhar o Evangelho com o mundo, para que outros também possam encontrar salvação em Cristo antes do fim dos tempos (Marcos 16:15).

CRONOLOGIA MACRO DA ESCATOLOGIA

  1. ÚLTIMOS DIAS E PRINCÍPIO DAS DORES
    O período conhecido como “Últimos dias” inicia após a morte e ressurreição de Cristo (Atos 2:16-17, Hebreus 1:1-2, 1 João 2:18). De modo similar, o período que compreende o princípio das dores, analogia de Cristo, denota que quanto mais próxima a Sua segunda vinda, mais intensas e frequentes serão as “dores” (Mateus 24:8).
  2. A GRANDE TRIBULAÇÃO (Pós-Tribulacionista)
    Cremos que a igreja passará pela grande tribulação, necessária para entrar no Reino de Deus (Atos 14:22; Mateus 24:29-31; 2 Tessalonicenses 2:1-4; Apocalipse 20:4-5).
  3. O ARREBATAMENTO DA IGREJA (Pré-Ira)
    O arrebatamento da igreja será um evento único e visível a todos durante a segunda vinda de Cristo (Mateus 24:27, Apocalipse 1:7). Este ocorre após a grande tribulação, mas antes da ira do Cordeiro, reservada somente para os ímpios (1 Tessalonicenses 5:9, Romanos 5:9, João 3:36, Apocalipse 3:10).
  4. A IRA DO CORDEIRO
    A ira do Cordeiro ou Dia do Senhor é um evento onde Cristo punirá a maldade das nações que rejeitaram a Deus (Apocalipse 6:16-17, Romanos 2:5, Efésios 5:6, Colossenses 3:6, Romanos 1:18, Apocalipse 14:1), e a grande prostituta junto às nações que se corromperam com sua influência (Apocalipse 17:1-2, 16, 18:2, 8, 21, 23-24).
  5. A BATALHA FINAL (ARMAGEDON)
    O Dragão, o Anticristo e o Falso Profeta se irarão contra Israel (Apocalipse 13:5-6) e reunirão as nações para a batalha no vale do Megido (Apocalipse 16:13-14, 16). Cristo intervém com os santos e anjos (Zacarias 14:4, Apocalipse 19:14), derrotando todos os adversários (Apocalipse 19:15, 19-21).
  6. O REINO MILENAR (Pré-Milenismo)
    O Reino Milenar ocorre após a Segunda Vinda de Cristo e a batalha do Armagedom (Apocalipse 19:11-21, 20:1-6), antes do julgamento final (Apocalipse 20:11-15) e da criação de um novo céu e uma nova terra (Apocalipse 21:1-2). Satanás será confinado por mil anos, mas será libertado temporariamente no fim desse período (Apocalipse 20:1-3,7). Durante esse tempo, Cristo reinará na Terra em paz e justiça (Isaías 2:4, 11:4-5, 32:1; Apocalipse 20:4), e os martirizados reinarão ao lado dEle (Apocalipse 20:4-6, 13:15-17).
  7. JULGAMENTO FINAL
    O Julgamento Final (Apocalipse 20:11-15) ocorre após o Reino Milenar. Todos os mortos serão ressuscitados e julgados por Deus baseados em suas ações na vida. Aqueles não encontrados no Livro da Vida serão lançados no lago de fogo, a segunda morte (Daniel 12:2, Mateus 25:31-46).

Quando Deus colocou Adão e Eva no Jardim do Éden, Ele lhes deu o poder de escolha: obedecer ou desobedecer a Sua única proibição (Gênesis 2:16-17). Essa capacidade de discernir e optar entre o bem e o mal, entre seguir ou rejeitar os mandamentos de Deus, é fundamental para a nossa compreensão da responsabilidade moral.

No entanto, acreditamos que apenas Adão e Eva exerceram esse livre arbítrio na sua totalidade. Com a queda, representada pelo pecado original, a humanidade foi corrompida, perdendo a capacidade de escolher livremente o bem (Romanos 5:12). Nessa condição de pecaminosidade, o homem se encontrava morto em seus delitos e pecados (Efésios 2:1).

É nesse panorama que a maravilhosa graça de Deus se manifesta. Segundo a Bíblia, é Deus quem nos vivifica, ou seja, nos dá uma nova vida (Efésios 2:4-5). Ele faz isso não por mérito nosso, mas por Sua infinita misericórdia e pelo grande amor com que nos amou.

A manifestação dessa graça acontece pela fé, a qual vem pelo ouvir a palavra de Deus (Romanos 10:17). Assim, percebemos que mediante a proclamação do Evangelho e a ação do Espírito Santo, o homem é agraciado com a capacidade e responsabilização de responder ao chamado de Cristo (João 6:44). Essa resposta pode ser positiva, aceitando a salvação, ou negativa, rejeitando a oferta de vida eterna (João 3:16, João 3:36).

Podemos ilustrar essa interação divina com a parábola do mendigo que recebe uma esmola sem ter pedido. O doador, movido por compaixão, aproxima-se do mendigo, chama sua atenção e lhe oferece uma dádiva. O mendigo, por sua vez, decide se estende a mão para receber a oferta. Da mesma maneira, não há mérito algum em nossa resposta ao chamado de Deus. Todo o crédito pertence a Ele, pois é Deus quem opera em nós tanto o querer quanto o realizar, segundo a Sua boa vontade (Filipenses 2:13). Tudo é por graça, e não por obras, para que ninguém se glorie (Efésios 2:8-9).

Entender o motivo da morte é essencial para compreender o que acontece após ela. A morte, descrita na Bíblia como consequência do pecado (Gênesis 3:22-23), ocorrerá a todos nós, exceto se Cristo retornar antes. Contudo, esta morte pode ser vista como um ato de misericórdia de Deus, ao invés de um castigo.

Morrer é mais excelente do que viver eternamente em pecado. Imagine a eternidade neste mundo de sofrimento, violência e maldade, onde humanos continuam a agravar as condições existentes. Neste contexto, a recusa de Deus em permitir a vida eterna em pecado (Gênesis 3:22-23) é, de fato, uma demonstração de misericórdia.

A morte é parte do processo de redenção. É uma passagem para um mundo sem as agruras deste, um mundo de paz, amor, e governado por um Rei cujo valor supera todas as riquezas terrenas. Portanto, a morte, vista sob esta luz, é uma misericórdia do Senhor (Salmos 116:15).

Haverá um dia em que Deus nos permitirá comer do fruto da árvore da vida (Apocalipse 2:7). No Éden, este ato simbolizaria a condenação eterna, mas em Cristo, representa a alegria eterna (Apocalipse 22:14). Para os que estão em Cristo, a morte não é uma condenação, mas um sinal da misericórdia divina. Para os que não estão, no entanto, a morte é uma sentença de condenação.

APÓS A MORTE

A convicção cristã é irrevogável: a alma do salvo é imediatamente conduzida à presença de Deus após a morte! O que experimentamos como morte é, na verdade, uma pausa temporária na existência corpórea, uma separação transitória entre a alma e o corpo. Após a morte, o corpo do crente jaz na terra, mas a alma ou o espírito se eleva diretamente para o Senhor, imerso em regozijo.

O Apóstolo Paulo não deixa margem para dúvidas quando contempla a morte. Ele afirma, com absoluta certeza: “Temos, pois, confiança e preferimos estar ausentes do corpo e habitar com o Senhor” (2Co 5.8). Portanto, estar ausente do corpo significa estar na presença gloriosa do Senhor.

Adicionalmente, Paulo explica que o anseio de todo crente é “partir e estar com Cristo, o que é muito melhor” (Fp 1.23). Jesus, na Sua misericórdia, assegurou ao ladrão arrependido ao Seu lado: “Hoje você estará comigo no paraíso” (Lc 23.43). A Palavra de Deus é inequívoca – a alma dos crentes, ao partir deste mundo, entra imediatamente na presença do Senhor.

A doutrina do sono da alma, que sugere que os crentes entram num estado de existência inconsciente após a morte, é categoricamente equivocada. Esse conceito não tem respaldo nas Escrituras e tem sido largamente rejeitado pela Igreja.

A ideia de um estado de inconsciência após a morte é contradita pelas afirmações claras das Escrituras. Jesus não disse ao ladrão: “Hoje, você estará inconsciente”, mas sim: “Hoje você estará comigo no paraíso” (Lc 23.43). O apóstolo Paulo não expressou o desejo de “partir e permanecer inconsciente por um longo período”, mas antes de “partir e estar com Cristo” (Fp 1.23).

As Escrituras não oferecem nenhuma garantia de oportunidade de salvação após a morte. A parábola do rico e Lázaro, contada por Jesus, claramente desaprova a ideia de que as almas possam atravessar do inferno para o céu após a morte.

Também é fundamental lembrar que os crentes não devem orar pelos mortos. Isso porque, como já foi dito, após a morte, vamos diretamente à presença de Cristo, sem passar por um lugar intermediário.

As Escrituras são inequívocas ao afirmar que a morte para os crentes em Cristo não é um final, mas um início; não é uma perda, mas um ganho; não é para temer, mas para acolher. Enfrentamos a morte não com medo, mas com confiança, porque sabemos que, para nós, a morte é apenas um portal para a presença eterna com o Senhor.

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